terça-feira, 19 de maio de 2009

Marchas LGBT

Apercebi-me de uma questão que me deixou deveras preocupado. Durante um dos programas da Ana Zanatti (Sete palmos de testa, na RTP2), falou-se, às tantas, das marchas do orgulho lgbt. A opinião daqueles jovens, praticamente consensual entre todos, era de que eram "ridículas, de que "não passavam de uma palhaçada", que só podiam ter um efeito negativo, que nunca convenceriam ninguém, que não faziam nada pelos direitos dos homossexuais, etc.
Atenção que não se tratavam de jovens homófobos. De maneira nenhuma! Quando se falou dos direitos dos homossexuais, todos (todos!) se levantaram a favor do casamento e da adopção, alguns ficando mesmo indignados com o estado das coisas, questionando-se: "como é possível que num estado que se diz democrático os homossexuais não tenham direito de casar e adoptar?". Estavam também cientes de que as pessoas mais "festivas", as das "plumas" são uma minoria e de que a comunicação social os foca mais, em detrimento dos outros que vão vestidos de forma habitual. Diziam, mesmo, que tinham amigos que participavam nas marchas...

O que eu pergunto é: não é preocupante isto? Vindo de quem vem... Não deveríamos ser mais pragmáticos e fazer algumas concessões? Ou devemos manter o mesmo discurso: ou tudo ou nada? Não sei.....mas preocupou-me, e muito, que jovens tão abertos tenham esta opininião...Poderão ter razão?

1 comentário:

Unknown disse...

Ao ler isto não podia ficar calada. Concordo que as marchas são rídiculas e que só atrasam ainda mais a aceitação e compreensão da homossexualidade na nossa sociedade. Parem de dizer que são diferentes...os iguais não fazem marchas a gritar "Tenho orgulho em ser heterosexual!" ou "Tenho orgulho em ser homosexual!" são iguais e ponto final, são parte da sociedade independentemente de ainda estarem a lutar por alguns direitos, isso não é assunto que se resolva a gritar na rua, penso que já todos chegamos a essa conclusão.